MP3: Gabriel o Pensador-Cachimbo da Paz
Interpret: Gabriel o Pensador
Skladba: Cachimbo da Paz
Album:
Rok: -
Žánr: Rap
Délka skladby: 00:05:25
Velikost souboru: 2.22 Mb
Počet stažení: 1
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  Text skladby: Gabriel o Pensador-Cachimbo da Paz
A criminalidade toma conta da cidade A sociedade põe a culpa nas autoridades O cacique oficial viajou pro pantanal Porque aqui a violência tá demais
E lá encontrou um velho Índio que usava Um fio dental e fumava um cachimbo da paz O presidente deu um tapa no cachimbo E na hora de voltar pra capital ficou com preguiça
Trocou seu palitó pelo fio dental
E nomeou o velho Índio pra ministro da justiça E o novo ministro, chegando na cidade Achou aquela tribo violenta demais
Viu que todo cara-pálida vivia atrás das Grades e chamou a tv e os jornais E disse, "Índio chegou trazendo novidade Índio trouxe cachimbo da paz
Maresia, sente a maresia, maresia Apaga a fumaça do revólver, da pistola Manda a fumaça do cachimbo pra cachola Acende, puxa, prende, passa Índio quer cachimbo, Índio quer fazer fumaça
Todo mundo experimenta o cachimbo da floresta Dizem que é do bom, dizem que não presta Querem proibir, querem liberar E a polêmica chegou até o congresso Tudo isso deve ser pra evitar a concorrência
Porque não é Hollywood mas é o sucesso O cachimbo da paz deixou o povo mais tranquilo Mas o fumo acabou porque só tinha oitenta quilos E o povo aplaudiu quando o Índio partiu pra selva E prometeu voltar com uma tonelada
Só que quando ele voltou, "Sujou!" A polícia federal preparou uma cilada "O cachimbo da paz foi proibido entra na caçamba, vagabundo! Vâmo pra DP! Ê, ê, ê, ê! Índio tá fudido porque lá o pau vai comer!"
Maresia, sente a maresia, maresia Apaga a fumaça do revólver, da pistola Manda a fumaça do cachimbo pra cachola Acende, puxa, prende, passa Índio quer cachimbo, Índio quer fazer fumaça
Na delegacia só tinha viciado e delinquente Cada um com um vício e um caso diferente Um cachaceiro esfaqueou o dono do bar porque ele Não vendia pinga fiado
E um senhor bebeu uísque demais Acordou com um travesti e assassinou o coitado Um viciado no jogo apostou a mulher, perdeu a aposta E ela foi sequestrada
Era tanta ocorrência, tanta violência Que o Índio não tava entendendo nada Ele viu que o delegado fumava um charuto fedorento E acendeu um, "Da paz", pra relaxar
Mas quando foi dar um tapinha levou Um tapão violento e um chute naquele lugar Foi mandado pro presídio e no caminho assistiu Um acidente provocado por excesso de cerveja
Uma jovem que bebeu demais atropelou o padre E os noivos na porta da igreja E pro Índio nada mais faz sentido Com tantas drogas proque só o seu cachimbo é proibido?
Maresia, sente a maresia, maresia Apaga a fumaça do revólver, da pistola Manda a fumaça do cachimbo pra cachola Acende, puxa, prende, passa Índio quer cachimbo, Índio quer fazer fumaça
Na penitenciária o Índio fora da lei Conheceu os criminosos de verdade Entrando, saindo e voltando cada Vez mais perigosos pra sociedade
Aí, cumpádi, tá rolando um sorteio na prisão Pra reduzir a superlotação todo mês Alguns presos tem que ser executados E o Índio dessa vez foi um dos sorteados
E tentou acalmar os outros presos "Peraí, vâmo fumar um cachimbinho da paz" Eles começaram a rir e espancaram O velho Índio até não poder mais
E antes de morrer ele pensou "Essa tribo é atrasada demais Eles querem acabar com a violência Mas a paz é contra a lei e a lei é contra a paz"
E o cachimbo do Índio continua proibido Mas se você quer comprar é mais fácil que pão Hoje em dia ele é vendido pelos mesmos bandidos Que mataram o velho Índio na prisão
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